sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Escreve sobre: A teoria musical.

Desde que me entendo por gente, reluto contra a teoria musical. Não sei, é algo complicado de se contra-argumentar. Deve ser, pois quando falo de música, falo de alma e não de cabeça e argumentos são sempre racionais e frios.
A música, em toda a sua organização e desorganização de sons, nos leva por caminhos tortuosos e fluentes de alegria e tristeza, caminhos que não pensam. Claro que digo isto referindo-me a música em sua essência, não em canções ou baladas, nas quais a letra é de suma importância. Pensando assim, digo que a música que nos toca o íntimo, e nos transporta para o mundo do "sentir", não pode ser tão bruscamente trazida de volta por conta de definições e regras.
Eu quero que a harmonia se exploda! Não quero saber de "posso" ou não "posso", de acordes proibidos, de quinta justa e terça maior. Não entendo essa nessecidade de "matematizar" a música, de transformar o coração em máquina.
Uma das únicas vantagens da teoria musical, é a de atemporalizar as composições, de ser meramente um registro. O resto fazemos nós, e a matemática que vá para o Arquimedes que pariu!